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O Cádmio é um elemento muito raro, ocorrendo em uma concentração média de 0,1 – 0,2 ?g.g-1 na crosta terrestre. Contudo, trata-se de um metal tóxico e globalmente distribuído. Estudos sugerem que a biomagnificação de cádmio ocorra apenas nos níveis mais basais das cadeias tróficas. No entanto, alguns invertebrados, principalmente cefalópodes e crustáceos, podem apresentar concentrações de Cd extremamente elevadas em seus tecidos. Esses invertebrados podem então transferir com eficiência o metal em questão para seus predadores, como as skuas antárticas (Catharacta maccormicki e C. lonnbergi). Penas constituem vias de eliminação de metais pesados, de forma que as concentrações de metais em tais estruturas tegumentares podem ser usadas para avaliar a exposição das aves aos elementos em questão, proporcionando um método não destrutivo. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a exposição ao Cd em C. lonnbergi. As amostras de penas de C. lonnbergi foram coletadas no verão de 2010/2011, na Península Keller e em Hennequin Point, Ilha Rei George – Península Antártica. As análises foram realizadas no Laboratório de Radioisótopos Eduardo Penna Franca (UFRJ). As penas foram lavadas com EDTA 0,01% e secas em estufa a 50°C. Depois de secas e homogeneizadas, sofreram digestão ácida (HNO3) por 24 horas e posteriormente foram aquecidas a 60ºC por 120 minutos em banho-maria. A determinação das concentrações de cádmio foi efetuada por Espectrometria de Absorção Atômica com Atomização Eletrotérmica (ETAAS), utilizando-se de um Espectrômetro ZEEnit 60 equipado com corretor de fundo por efeito Zeeman (Analytik Jena). Os valores estão expressos em ?g.kg -1, com base no peso seco. Os primeiros resultados indicam uma baixa contaminação por cádmio da população estudada, com média (± desvio padrão) de 20,5 (± 12,5; n=6). As concentrações de cádmio variaram de